De repente, o 4 de Julho se viu cercado por holofotes e uma fama nacional repentina. Tudo graças a um ano já considerado mágico para o modesto clube do Piauí. O Colorado chegou à terceira fase da Copa do Brasil e descobriu nesta sexta-feira que enfrentará o São Paulo no mata-mata da competição. A vida de constantes dificuldades do Gavião, sobretudo financeiras, ficou marcada por capítulos de ousadia sobre rivais de maior expressão no futebol brasileiro em 2021.
O 4 de Julho chegou de forma inédita à terceira fase ao eliminar Confiança e Cuiabá. Na primeira fase, o time do interior do Piauí conseguiu jogar em seu estádio, a Arena Ytacoatiara, na cidade de Piripiri, e venceu o Confiança por 1 a 0.
Na segunda fase, diante do Cuiabá, clube na Série A do futebol nacional, o Colorado empatou em 0 a 0 no tempo normal e bateu o Dourado nos pênaltis por 5 a 4.
Tetracampeão estadual
O atual campeão piauiense levantou seu quarto troféu ao vencer o Picos na final do torneio ano passado. O time carrega no nome a data de emancipação política da cidade onde foi criado e leva no uniforme as mesmas cores do Náutico, clube usado como inspiração para os fundadores em 1987.
Folha salarial de R$ 140 mil
O elenco e a comissão técnica do 4 de Julho custam atualmente, segundo a diretoria colorada, cerca de R$ 140 mil mensais. A principal estrela do clube é o cearense Flávio Araújo, campeão estadual como jogador na década de 90 e, hoje, técnico do time.
A equipe embolsou R$ 560 mil como cota de participação na 1ª fase da Copa do Brasil, mas engordou o cofre com mais R$ 675 mil ao chegar à fase seguinte e depois mais R$ 1,7 milhão ao garantir vaga na terceira fase. Só na Copa do Brasil, o 4 de Julho já recebeu R$ 2,93 milhões. E quer mais.
