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Piauí, 19 de abril de 2024
Polícia

‘Meu sapato pagaria 3 motos’, disse amigo de vereadora que atropelou mulher em Teresina

Segundo o marido da vítima, após o acidente, o homem que acompanhava a vereadora Laysa Coelho debochou do veículo e da situação.


A vereadora Laysa Coelho de Araújo, do MDB de Uruçuí, vai responder em liberdade ao processo de lesão corporal por ter atropelado Jesiane Nunes Melo em acidente ocorrido no último sábado (25) em Teresina. Laysa filha da ex-prefeita de Uruçuí, Débora Renata, e do ex-deputado estadual Chico Filho.

A soltura dela após audiência de custódia revoltou o marido da vítima, o advogado Merval Lúcio, que dez um desabafo na porta da delegacia e deu detalhes do tratamento que lhe foi dispensado pelos responsáveis pelo acidente após o ocorrido.

De acordo com Merval, o amigo da vereadora que estava com ela no momento do acidente lhe destratou e fez comentários debochados sobre o veículo de sua esposa e a situação em que ele se encontrava. “Ele perguntou por que eu estava reclamando de uma Biz 125 cilindradas ter ficado toda destruída e disse que só o sapato dele comprava três motos daquelas. Eu não quero dinheiro de ninguém nem estou interessado em acordo de nada, eu só quero que paguem pelos danos que causaram à minha esposa e à minha família”, afirmou Merval. Esta não foi a única polêmica em que se envolveu a vereadora Laysa Coelho. Após o acidente que feriu gravemente Jesiane, a parlamentar de Uruçuí foi conduzida para o Instituto de Medicina Legal (IML), onde passou por exame de corpo de delito. Segundo informou o representante da OAB, que foi até a delegacia acompanhar o caso, a vereadora e o amigo que a acompanhava se recusaram a fazer o teste do bafômetro no local do acidente e a parlamentar ainda desacatou a delegada plantonista da Central de Flagrantes.

Laysa foi presa porque, além de ter causado o acidente, também estava dirigindo veículo automotor sem ter Carteira de Habilitação e sob efeito de álcool. No carro dela, uma picape Amarok, a polícia encontrou uma garrafa de bebida alcoólica debaixo do banco.

Para o marido da vítima, Merval Lúcio, a postura da vereadora e o resultado da audiência de custódia, que permitiu que ela fosse liberada sem pagar fiança, revelam “a impunidade de quem ocupa cargo público”. O advogado desabafou: “Ela podia ter matado a mãe de alguém, podia ter matado a filha de alguém, ela podia ter atropelado a sua filha, sua esposa, sua mãe. É por conta de condutas desse jeito que esse tipo de gente se esconde atrás de um mandato de vereador, de mão prefeita e de um pai deputado”, disparou Merval.

Fonte: portal o dia

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