Com uma incerteza acompanhada de certo medo e apreensão, foi que abordei o humorista João Cláudio Moreno após o sepultamento da sua mãe, no cemitério São Francisco, em Piripiri.
Um turbilhão de sentimentos tomou conta de mim ao fazer a cobertura do velório e sepultamento de Dona Raimundinha, mãe de João Cláudio, que morreu aos 98 anos.
Apesar de não ter tido a oportunidade de conhecê-la, ouvi centenas de pessoas falando ao seu respeito, afirmando o quão especial ela era e, desta forma, me comovi muito com a sua partida.
Como todo jornalista, estava ansioso para conseguir um "furo" de reportagem, que seria a entrevista com João Cláudio Moreno naquele momento difícil para ele. Mas sabia que era uma situação bem delicada, pois envolvia sentimentos de perda, dor, luto, emoção, onde, muitas vezes, as pessoas preferem ficar caladas.
Após o sepultamento, João Cláudio permaneceu no cemitério por alguns minutos e eu tentava me aproximar, mas não sabia como iria abordá-lo. Então, ao vê-lo se dirigindo ao portão de saída, decidi falar e me coloquei à disposição caso ele quisesse gravar.
De imediato, ele respondeu: “Sim, tranquilo, podemos gravar!”. Essa foi a resposta que eu não estava esperando, porém, era a que eu desejava ouvir naquele momento.
João Cláudio se mostrou muito forte e, apesar da dor, ele falou de sua mãe durante alguns minutos com a nossa equipe de reportagem do R10 Piauí. Contou a história de vida da sua mãe, suas lembranças e demonstrou todo o amor que ele têm por ela.
João Cláudio me surpreendeu e deixou uma lição de humildade, respeito e compreensão com o meu trabalho, que estava ali para ouvi-lo e transmitir a sua mensagem para os seus milhares de fãs.
João Cláudio Moreno informou que a história de sua mãe, Dona Raimundinha, continuará sendo contada durante o show “Eu e as mulheres” que estreará em breve.
